sábado, 19 de setembro de 2020

Comentários sobre referências e estilística em "Sem relva" – não contidos no "Poslúdio"





[Recorte de texto dirigido a uma resenhista literária recifense, que terminou de ler Sem relva hoje. O mote inicial foi o porquê dos títulos dos capítulos estarem em italiano]

Pois bem. Via de regra, os capítulos de Sem relva, como o de tantos e tantos romances por aí, a exemplo dos de Saramago, poderiam muito bem não ter título nenhum, e o leitor não perderia nada com isso – e não perdem, em Sem relva, por não saberem italiano.

No entanto, os títulos obviamente têm uma razão de ser e são ao mesmo tempo um tributo.

A razão de ser foi um desafio autoimposto: praticar a polifonia narrativa, definindo qual o tipo de narrador de cada capítulo. Assim, uma ária (solo vocal operístico) indica que um personagem foi escolhido para ser o narrador daquele capítulo; no arioso, um personagem narra só uma pequena parte do capítulo; em um recitativo ou em uma cavatina, esse personagem narraria todo um capítulo, porém mais curto que os demais. Uma cena sinaliza que a fala fica com o narrador em terceira pessoa; em um duo ou trio, esse narrador onisciente foca em dois ou três personagens; em um eventual balé, vários personagens são mostrados en passant...

O tributo é à ópera como gênero artístico. Em Sem relva, à ópera italiana; nos dois romances seguintes da trilogia, às óperas francesa e alemã, perfazendo uma homenagem às três grandes escolas operísticas da História das Artes.

As falas em italiano nos títulos dos capítulos de Sem relva, como as que virão nos dois últimos romances da trilogia, em francês e alemão, servem como força-motriz da dramaticidade dos respectivos capítulos. Nesse sentido, elas nunca estarão traduzidas, porque não serão ditas por nenhum personagem, são força-motriz mesmo, pois a dicção daquelas falas soa operística, elas abrem possibilidade uma para possível adaptação para esse gênero, mas não que eu tenha intenção.

Um exemplo é o capítulo final, que [...] deveria se chamar [os que terminaram o livro me procurem em privado, caso queiram saber]. [...] Ao mesmo tempo é uma referência pop a uma imagem que é das mais temidas de hoje em dia no Brasil [...]. 

Revelo alguns easter eggs (mas não este acima) em um e-book que disponibilizei a quem tivesse interesse. Os cinquenta primeiros que compraram a edição impressa ganham uma edição caseira desse opúsculo, que serve para facilitar a compreensão geral do enredo e a progressão da narrativa, considerando que eu escrevo não pensando só em leitores letrados, mas também em quem não é leitor habitual de romances (ou de romances mainstream).

Sem relva, por fim, é a síntese da fórmula para a busca de minha voz literária e de meu estilo narrativo: densidade e elaboração quando a fala é do narrador em terceira pessoa, como se fosse eu próprio dissertando ou me enxerindo na história; limpeza e linguagem direta quando são os personagens a falar; progressão não linear que desvela uma cronologia clara ao passar dos capítulos, como numa espiral; recorrência à linguagem jornalística para dar ares de veracidade a determinadas situações; disposição de paráfrases pops e eruditas em mesmo pé de igualdade; uso de geoletos pernambucanos e socioletos sem neurose quanto a futuras oportunidades de tradução.

Era um romance que tinha de nascer.

***

Acréscimo feito em 06/02/2021: Há um erro crasso no título de um dos capítulos ao qual só fui atinar quando questionado pela resenhista. Ela pediu a um amigo que traduzisse todos os títulos e ele, naturalmente, disse que possivelmente havia um erro na palavra "saldremo". De fato, só então me dei conta que fiquei prisioneiro de um trompe l'oeil (engana-olho) linguístico, que afeta quem estuda italiano e espanhol. Respondi-lhe, via e-mail, em 17 de setembro do ano passado (e deixo aqui registrado):

"Se não fosse você, agora, nunca ia perceber esse equívoco. Foi erro crasso meu, de confusão entre o italiano e o espanhol: o certo é 'La città della quale usciremo, "A cidade da qual sairemos". Todos os títulos de capítulos são em italiano. [...] Na edição impressa, infelizmente não há o que fazer, mas no e-book eu já tinha feito uma revisão de cabo a rabo pós-publicação, mas vejo agora esse erro de processamento mental de falante português/espanhol que aprende italiano e troca os verbos salire (subir) e uscire (sair). Mesmo assim, não seria salire, nem o equivalente na conjugação, saliremo."

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

"Sem relva": E-book grátis, até a próxima sexta

De hoje até a próxima sexta, a versão e-book de Sem relva estará disponível gratuitamente pelo site da Amazon. Basta clicar aqui e começar a leitura. Será uma chance única, já que a Amazon permite apenas um só período de gratuidade para os e-books veiculados exclusivamente via Kindle.


segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Sem relva - opinião do leitor na Amazon

O empresário Rafael Oliveira, por sinal o primeiro a completar a leitura do romance, ainda na madrugada de estreia de Sem relva, fez sua avaliação na página do livro na Amazon.

***

A excelente capacidade de envolvimento do autor é expressa nesta obra.

Carlos Eduardo Amaral consegue fazer com que os mais inseridos no contexto em que se desenvolve a narrativa, possam dar gargalhadas em determinados momentos, nos quais utiliza seu convencional humor inteligente.

A obra conta, ainda, com uma série de "Easter Eggs" que trazem brilhos aos olhos ou mesmo sorrisos de canto de rosto quando percebidos pelos mais diversos públicos específicos que a capacidade intelectual e vivência do autor conseguem alcançar.

O ponto máximo da obra, na opinião deste simples leitor, é sempre quando o autor convida o leitor a pensar sobre a definição de Deus em seus diversos aspectos, com foco na reflexão de que Deus é a soma de tudo a ele mesmo.

Recomendadíssimo, certamente uma das melhores leituras do ano.


sexta-feira, 24 de julho de 2020

Poslúdio a "Sem relva"



Já viram romance com making of?

Pois bem, é o caso de Sem relva.

Para quem terminou a leitura do livro, a recapitulação dos principais aspectos da narrativa e a descoberta de referências escondidas ou nem sequer insinuadas despertará, no mínimo, o desejo pela releitura dos principais trechos.

Para quem não leu o romance, o Poslúdio a "Sem relva" traz uma boa contextualização dos fatores que levaram à construção da história. 


quarta-feira, 17 de junho de 2020

Núcleo principal da trama


Este é um gabarito/diagrama com os personagens do núcleo central da trama de Sem relva, que ajudará na leitura dos capítulos iniciais – especialmente do segundo, já disponibilizado para leitura.

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Agradecimentos


"Mais importante do que pedir é agradecer", e é com essa máxima que eu gostaria de me dirigir a todos aqueles que contribuíram para o sucesso da reserva dos exemplares impressos de Sem relva, cuja tiragem já está sendo tratada desde o dia de hoje. Vou deixar a vaquinha aberta até a próxima sexta.

Resguardando o nome daqueles que pediram a não divulgação, mas tendo-os também em meu coração neste ato, meu muito obrigado vai para:

  1. Antônio Gomes Neto
  2. Arrizon Olinto
  3. Henrique Nascimento
  4. Roberto Trigueiro
  5. João Targino
  6. Alison Floriano
  7. Guilherme Santos
  8. João Angelo Muniz
  9. Tauan Lemos
  10. Emiliano Vicente
  11. Hilton Sales Jr.
  12. Adriano Negrini
  13. Luis Everardo Monteiro
  14. Lucas Niemeyer
  15. Arthur Grupillo
  16. João Honorato Leite
  17. Hélio Alves Neto
  18. Henrique Palmeira Filho
  19. Jorge Possetti
  20. Reginaldo Rocha
  21. José Neto
  22. Nilo Otaviano
  23. Roberto Veeck/Heloisa Marques

Meu agradecimento igualmente se estende àqueles que adquiriram a versão em e-book, pela Amazon. Não tenho o controle das pessoas que o fizeram, pois se trata de uma transação com a Amazon, mas, das que recordo, cito: Eliude Braz, Isabela Sales, Matheus Soares, Patrick Serapião, Carlos Porto, Juliana Cerqueira, Rafael Oliveira, Hugo Pinto Martins, Julio César, Ricardo Borba, Carolina Câmara, Fernando Kursancew, Francisco Fonseca, Raphael Leal, Ticiano Lage, Bruno Henrique, Rodrigo Borba, Thiago Diniz e Marcelo Patu.

Por favor, me acusem qualquer omissão.

sábado, 13 de junho de 2020

"Sem relva": meta atingida para os exemplares impressos


Quem desejou boa sorte: boa sorte tive.
Quem desejou que Deus me ajudasse: Deus me ajudou.
Quem desejou contribuir com a campanha: ela deu certo.

Por isso, agradeço a todos que ajudaram de alguma forma nesse projeto, porque isso é fruto de credibilidade e confiança de longa data.

De fato, trabalho pra isso: para produzir algo de bom naquilo em que estou envolvido e que possa ajudar os outros a refletir ou a desfrutar, de alguma maneira.

A partir da próxima semana, começo as tratativas para a impressão do livro.

E, como a meta, foi atingida, ainda vou entrar com uma contraparte para obter mais exemplares.

Enquanto isso, a vaquinha continua aberta por mais alguns dias. Sinta-se convidado.

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Exemplares impressos: "Sem relva" rumo à meta


A reserva dos exemplares impressos de Sem relva já chegou a 64%, em duas semanas.

Se faltava um incentivo para você colaborar, agora tem: após a entrega dos exemplares, irei liberar um e-book gratuito com o making of do romance, explicando a linha narrativa do livro e comentando sobre easter eggs e outras referências não reveladas.

Isso, além de outra surpresa que anunciarei em breve.

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Dê sua opinião no site da Amazon


Para quem comprou o e-book pela Amazon: é muito importante sua opinião.

Basta escrever sua resenha no mesmo link da compra, que o site depois libera para visualização. Assim você ajuda outros leitores a decidirem pela compra e o livro a ser mais bem avaliado.

Já para a edição impressa, adquira aqui.

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Reserve seu exemplar impresso


A reserva dos exemplares impressos já chegou à metade da meta.

Para garantir o seu, clique aqui.

O pagamento pode ser feito em boleto ou cartão.

domingo, 31 de maio de 2020

Resenha do leitor


Resenha de leitor publicada na Amazon. Esta foi preparada por Rafael Oliveira, empresário, residente no Recife (PE).

"A excelente capacidade de envolvimento do autor é expressa nesta obra. Carlos Eduardo Amaral consegue fazer com que os mais inseridos no contexto, em que se desenvolve a narrativa, possam dar gargalhadas em determinados momentos, nos quais utiliza seu convencional humor inteligente. A obra conta, ainda, com uma série de "Easter Eggs" que trazem brilhos aos olhos ou mesmo sorrisos de canto de rosto quando percebidos pelos mais diversos públicos específicos que a capacidade intelectual e vivência do autor conseguem alcançar. O ponto máximo da obra, na opinião deste simples leitor, é sempre quando o autor convida o leitor a pensar sobre a definição de Deus em seus diversos aspectos, com foco na reflexão de que Deus é a soma de tudo a ele mesmo. Recomendadíssimo, certamente uma das melhores leituras do ano."

Adquira já e deixe sua resenha também.

segunda-feira, 25 de maio de 2020

sábado, 23 de maio de 2020

Release: Gargalos da mobilidade urbana no Recife chegam ao campo da literatura

Foto: Edilson Bispo / Divulgação

Gargalos da mobilidade urbana no Recife chegam ao campo da literatura

Primeiro romance do jornalista, escritor e crítico musical Carlos Eduardo Amaral ambienta um conflito de gerações em um cenário de convulsão social instigado pelos problemas do transporte coletivo na capital pernambucana

Comunicado pela polícia sobre a detenção de seu filho, um estudante universitário de Ciências Sociais, em um protesto pela melhoria do transporte público no Recife, um pastor evangélico se dirige ao local do interrogatório para tentar liberá-lo. Ambos acabam se vendo obrigados a tratar de suas diferenças, acirradas por visões de mundo antagônicas, e tentando resolvê-las durante os intervalos dos depoimentos à polícia. Esse é o pano de fundo para a condução da narrativa de Sem relva, primeiro romance do jornalista, escritor e crítico musical Carlos Eduardo Amaral, que já está à venda pela Amazon, em versões e-book e impressa.

Em um quadro de ampla insatisfação popular em relação aos serviços públicos de transporte e à mobilidade urbana em geral no Recife, é organizado um violento protesto que resulta na detenção de diversos manifestantes, após confronto com a polícia. Um dos detidos, um black bloc, e seu pai, líder religioso de periferia, têm finalmente a oportunidade de revelar ressalvas e mágoas entre si, e desnudam mazelas das pequenas e grandes corrupções do dia a dia, que alimentaram com o intuito de garantir aceitação de grupo e ascensão social. Durante a detenção policial, a investigação sobre a rede de contatos que sustenta o movimento dos manifestantes consegue atingir seu objetivo, mas descobre existir um ponto inconveniente a ser resolvido...

TEMÁTICAS COADJUVANTES
Os maus-tratos aos animais, os preconceitos burgueses, o trabalho de base das comunidades evangélicas e a diversidade de abordagens da imprensa completam o quadro sociológico de Sem relva, que o autor define como “uma ópera contemporânea, travestida de romance, acerca do cotidiano recifense”.

“Após uma trajetória produtiva como crítico musical e pesquisador, com foco na música clássica e na música popular pernambucana, me motivei a me dedicar ao processo criativo do meu primeiro romance – na verdade o primeiro de uma trilogia onde abordo, gradativa e respectivamente, temáticas políticas e sociais locais, nacionais e internacionais como pano de fundo para desvelar comportamentos e subterfúgios que vão de encontro ao bem comum, e também para abordar a superação de conflitos morais e interpessoais pela via que segue da dor ao perdão, passando pelo inevitável sofrimento desse exercício espiritual”, detalha Amaral.

Como observado no sumário do romance, o enredo de Sem relva é estruturado sob a forma de uma ópera, sugerindo a possibilidade de adaptação para esse gênero artístico, bem como para o teatro e para o cinema. A história então se desenvolve por meio de eventuais alternâncias entre um mordaz narrador em terceira pessoa (que eventualmente provoca o leitor) e alguns personagens, de modo que é preciso que o legente tenha atenção à linha cronológica ao longo da progressão dos capítulos.

Carlos Eduardo Amaral acrescenta: “O Recife não escapa às consequências de graves problemas de infraestrutura espalhados por todos os continentes, especialmente em muitas metrópoles, nesta era de globalização e contraglobalização que vivemos. Esse é o caso dos gargalos do sistema de transporte público. Além disso, busco superar visões provincianas e românticas que construíram o imaginário da capital pernambucana na literatura regional. Assim, cada capítulo de Sem relva é uma crônica sobre o Recife de hoje”.

O AUTOR
CARLOS EDUARDO AMARAL (Olinda, 1980) é jornalista, crítico musical, escritor, compositor, arranjador, pesquisador e mestre em Comunicação pela UFPE como bolsista da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe). Na mesma universidade, graduou-se em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo e concluiu pós-graduação lato sensu em Jornalismo e Crítica Cultural.

Como pesquisador, foi agraciado com prêmios da Fundação Nacional de Artes (Funarte), da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e do Ministério da Cultura; organizou a Coletânea de crítica musical – Alunos da UFPE (produção independente, 2010); colaborou com o livro O ofício do compositor (Editora Perspectiva, 2012) e apresentou trabalhos acadêmicos sobre música e ativismo político em Ottawa, Canadá, e sobre música armorial em Buenos Aires, Argentina.

Como escritor e crítico musical, publicou pela Cepe Editora cinco livros-reportagem, que têm como protagonistas compositores referenciais da música pernambucana (os quatro últimos compõem o selo Frevo, Memória Viva, idealizado pelo autor):

Clóvis Pereira – No Reino da Pedra Verde (2015)
Maestro Formiga – Frevo na tempestade (2017)
Maestro Duda – Uma visão nordestina (2018)
Getúlio Cavalcanti – Último regresso (2018)
Jota Michiles – Recife, manhã de sol (2019)

Como compositor, escreveu mais de trinta peças para instrumentos solistas, conjuntos de câmara e orquestra sinfônica, incluindo o Noturno de consagração, op. 19, utilizado como trilha sonora dos teasers do lançamento do livro, em interpretação do pianista pernambucano Gabriel Fernandes.

PRESS KIT
• Fotos do autor, teasers e capa do livro: http://www.mediafire.com/folder/jq9b8n8nwjj87/Sem_relva_-_press_kit
• Capítulo de degustação: https://tinyurl.com/y7koo74a

sexta-feira, 22 de maio de 2020

"Sem relva" - Já à venda, pela Amazon


Começou a pré-venda de meu primeiro romance, "Sem relva", pela Amazon. Basta comprar online que o livro será liberado para você no dia do lançamento, próxima sexta, 29.

CLIQUE NA IMAGEM ACIMA

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Sem relva - capítulo 2


Clique na imagem acima para acessar o conteúdo.

(Por sinal, essa será a capa do livro)

Sem relva - teaser 1


Lançamento
29 de maio
Na Amazon

Em um cenário de ampla insatisfação popular em relação aos serviços públicos de transporte e à mobilidade urbana no Recife, juntamente com uma cobrança de responsabilidade social a grandes cadeias de restaurante que estão abrindo franquias na cidade, é organizado um protesto violento que resulta na detenção do grupo de liderança, após confronto com a polícia.

Um dos detidos, universitário da área de humanas, e seu pai, um pastor evangélico, têm a oportunidade de discutir ressalvas e mágoas entre si, e expõem as mazelas das pequenas e grandes corrupções do dia a dia que alimentaram com o intuito de garantir aceitação de grupo e ascensão social. Durante a detenção policial, a investigação sobre a rede de contatos que sustenta o movimento dos manifestantes consegue atingir o objetivo, mas ainda existe um ponto inconveniente a ser resolvido pelos inquisidores...

Os maus-tratos aos animais, a crítica aos preconceitos burgueses, o trabalho de base das comunidades evangélicas e o comportamento da imprensa completam o quadro sociológico dessa ópera contemporânea do cotidiano recifense travestida de romance.

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Conheça mais sobre os grandes nomes do frevo: http://editora.cepe.com.br/autor/carlos-eduardo-amaral


terça-feira, 19 de maio de 2020

Vídeo novo no canal


Tirei um tempinho para dar uma atualizada em meu canal. Vou movimentá-lo mais, nos próximos dias. Confiram o novo vídeo, com uma breve resenha sobre essa obra-prima do único Nobel de Literatura de nosso idioma.

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Conheça mais sobre os grandes nomes do frevo: http://editora.cepe.com.br/autor/carlos-eduardo-amaral

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Investindo em cultura via Lei Rouanet 2

[Publicado na revista ProNews, em dezembro de 2014]

Falamos no artigo anterior sobre as vantagens de se investir em projetos aprovados na Lei Rouanet e sobre como os produtores e o empresariado podem chegar a um melhor diálogo para fortalecer suas parcerias. Agora, abordaremos os benefícios que as empresas podem obter ou oferecer a partir do patrocínio (não doação) a projetos aprovados para captação de recursos pelo MinC (a diferença entre patrocínio e doação está na proibição de contrapartida publicitária para esta segunda modalidade – preferida, por isso, por pessoas físicas que desejam discrição).

Os segmentos artísticos contemplados pela Lei Rouanet são os mais diversos: teatro, dança, circo, ópera, mímica e afins; produção cinematográfica, videográfica, fotográfica e discográfica; literatura; música; artes plásticas, artes gráficas, gravuras, cartazes, filatelia e afins; folclore e artesanato; patrimônio cultural, histórico, arquitetônico e arquelógico; bibliotecas, museus, arquivos e demais acervos; humanidades; rádios e televisões de caráter educativo e cultural, sem fins lucrativos. Então, as empresas possuem um vasto leque de projetos a avaliar onde investir.

A revista Marketing Cultural, publicação especializada do ramo, ressalta que a prática do incentivo cultural otimiza as empresas em pontos cruciais do âmbito propagandístico, em especial a valorização daquelas marcas que apoiam iniciativas de alto valor simbólico – tal qual festivais de música, exposições etc. Esse apoio contribui para a variação e diversificação das estratégias de comunicação das empresas investidoras e posicionam essas empresas como corresponsáveis pelos campos social e cultural.

Considere-se também que o plano de divulgação e mídia de um projeto bem elaborado articula os principais canais de comunicação disponíveis: assessoria de imprensa; inserções em TV, rádio ou jornal impresso; outdoors, cartazes e fôlderes; redes sociais. Assim, a publicidade, paga ou espontânea do projeto cultural, a qual é de responsabilidade dos produtores, traz as marcas dos patrocinadores. Por tabela, os projetos culturais têm buscado mais sintonia com os valores e estratégias de marketing de patrocinadores e apoiadores.

Já entre as ações de marketing institucional que podem ser utilizadas pelos patrocinadores e apoiadores durante a realização de um evento, mas na prática quase nunca aproveitadas por eles, estão: o oferecimento de amostras de produtos, a distribuição de ingressos a funcionários, o envio de mala direta aos clientes informando sobre o patrocínio ao projeto executado, e a preparação de matérias e informativos sobre o evento.

Outras ações igualmente eficientes englobam a realização de show, concertos ou vernissages exclusivos para convidados da empresa; a distribuição de discos e livros para funcionários, colaboradores e parceiros; e aplicação de pesquisa de consumo com os frequentadores do evento. Um bom banco de dados, no mínimo, tem condições de ser formado dessas iniciativas, além dos produtores de projetos possuírem suas próprias sugestões de avaliação de campo e relacionamento com o público.

Os maiores investidores da cultura brasileira são empresas bastante consolidadas no mercado nacional ou internacional: a Petrobras junto com os maiores bancos e mineradoras privados e públicos do país. Outros segmentos cujas empresas se valem da Lei Rouanet incluem seguradoras, indústria de cosméticos, de produtos químicos, empreiteiras... Mas empresas de baixo e médio porte constituem uma grande parcela que demonstra entusiasmo pelo incentivo cultural.

Visite meu canal no YouTube: https://www.youtube.com/audicoes.

Investindo em cultura via Lei Rouanet 1


[Publicado na revista ProNews, em março de 2014]

O investimento em cultura proporcionado pela Lei Rouanet, através do mecanismo de renúncia fiscal, continua a crescer a cada ano. Pelas estatísticas mais recentes do Ministério da Cultura, 3398 projetos captaram cerca de R$ 1,211 bi através de 3.093 empresas em 2012, além de uma parcela menor de R$ 18 mi oriundos de doações e patrocínios de 5.565 pessoas físicas. Esse número de empresas indica que muito poucas no país sabem como funciona o investimento em projetos culturais via renúncia fiscal ou quais suas vantagens. Por isso, algumas referências básicas nesse sentido podem ajudar a esclarecer questões dessa espécie.

Primeiro, só podem doar ou patrocinar projetos culturais as empresas de regime de lucro real, não importando seu tamanho ou setor. Segundo, elas devem esperar que os projetos tenham cumprido toda a tramitação no MinC até a aprovação pelo Conselho Nacional de Incentivo à Cultura e consequente divulgação no Diário Oficial da União – neste momento, os produtores podem proceder à captação de recursos. Assim é que geralmente ocorre, mas nada impede que produtores e empresas firmem compromisso de interesse. Na verdade, essa seria a forma ideal, já que evitaria que produtores se desiludissem por não obter recursos; por sua vez, cartas de intenção de patrocínio ou doação demonstram aos avaliadores de projetos do MinC, os pareceristas, que os proponentes são confiáveis e que a execução do projeto é garantida.

Uma outra forma de as empresas financiarem projetos culturais de seu interesse (e pouquíssimas também sabem disso) é ter sua própria fundação. Em qualquer caso, a elaboração de projetos tem de ser criteriosa. Embora estes não concorram uns com os outros no Ministério, apenas consigo mesmos, são avaliados por pareceristas ligados à respectiva área artística e devem atentar à clareza e à consistência em itens como: apresentação, objetivos, justificativa, currículo do proponente e da equipe principal de produção, cronograma, plano de divulgação e de distribuição do produto resultante, orçamento e eventual documentação complementar.

A concepção desse itens também tem de atender as Instruções Normativas do MinC, que contemplam, entre outros aspectos: capacidade técnico-financeira do proponente; adequação aos objetivos da Lei 8.313/91; previsão de medidas de acessibilidade e democratização de acesso; impactos social, ambiental, cultural, econômico e afins; custo e benefício; e contribuição para o respectivo segmento artístico.

Disponível para download em site específico, o Panorama Setorial da Cultura Brasileira traz ricas estatísticas, entrevistas e análises. O dado mais expressivo do PSCB para o presente texto, algo que diversos amigos no ramo e eu podemos observar, é a dificuldade de diálogo, ou melhor, de persuasão dos produtores ante o empresariado. De fato, artistas/produtores e homens de negócios diferem em temperamentos, jargões, retórica e focos: as empresas dispõem de dinheiro, porém precisam saber onde empregá-lo, e daí se preocupam com o profissionalismo dos produtores, o público-alvo, o retorno de imagem etc.

Uma figura-chave para o entendimento entre ambos esses lados é a do assessor/gerente de marketing cultural (ou mesmo um curador), que, porém, ainda necessita aprender a analisar projetos externos e a ajudar a direcionar a política cultural da empresa em que atua. Ele é quem, em tese, pode melhor dizer como seus patrões podem se beneficiar do patrocínio concedido a projetos externos, ajudando-os a assimilar melhor as noções de formação de plateia, de acervo cultural e artístico e de patrimônio imaterial.

Seja um assessor de marketing, seja um produtor cultural, um argumento inquestionável deve ser apresentado em primeiro lugar ao empresariado que desconhece ou faz mal uso da Lei Rouanet: entre pagar integralmente o IR devido e reverter uma parte dele em patrocínios e apoios que rendem contrapartidas institucionais, a segunda opção tem sido um caminho óbvio, cada vez mais seguido. Os benefícios desse caminho são um assunto para o próximo artigo.

Visite meu canal no YouTube: https://www.youtube.com/audicoes.

terça-feira, 14 de abril de 2020

Suíte infantil, op. 31

Acabei de disponibilizar em meu canal no YouTube minha "Suíte infantil, op. 31", para piano solo, em três movimentos, dedicada a meus sobrinhos Giovanna, Francisco e Liz. Os links seguem abaixo.

1° movimento: "Canção de Gigi"


2° movimento: "Baião de Chico"


3° movimento: "Ciranda de Liz"

Agradecimentos à Avid​ pela licença grátis do Avid Sibelius​ Ultimate oferecida publicamente durante o isolamento social imposto pelo coronavírus.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Chamamento


CHAMAMENTO

O Conservatório Pernambucano de Música convida seus alunos, ex-alunos, professores e funcionários a contribuir para a produção do guia ilustrado dos 90 anos de história da instituição.

O guia, a ser editado pela Cepe Editora, será organizado pelo jornalista, escritor e crítico musical Carlos Eduardo Amaral, que irá reunir depoimentos e fotos de toda a história do CPM.

As fotos que sejam digitais devem estar em alta resolução; as analógicas (convencionais) devem ser deixadas em envelopes – contendo o nome do dono e a quantidade de fotos para serem escaneadas e posteriormente devolvidas.

Venha fazer parte dessa história!

Envio e informações: memoriasdacasaverde@gmail.com.

Roseane Hazin
Gerente Geral

Postagem em destaque

Interminável - Pré-venda

Poucos momentos antes de começarem mais uma reunião, os integrantes de uma associação de operários no interior de Pernambuco recebem uma car...