segunda-feira, 30 de setembro de 2019

RiP, Jessye

Uma das minhas primeiras recordações operísticas, num anúncio do programa Concertos Internacionais, da Globo, no final dos anos 1980 ou início dos 1990.

terça-feira, 3 de setembro de 2019

In memoriam Jarbas Maciel (1933-2019)

Foto: Roberta Guimarães
Soube ontem do falecimento do professor Jarbas Maciel, aos 86 anos, no último sábado – professor de Filosofia, Estética, Matemática, Física e ainda músico (violista da Orquestra Armorial) e grande leitor de livros espiritualistas.

Levarei a honra de ter feito a última entrevista com ele, para a Revista Continente, em 2014.

E foram anos de tentativa até ele poder me receber novamente (a primeira entrevista havia sido para um trabalho da universidade, em 2002), devido à sua luta contra uma longa doença.

Um sábio pleno, que agora fez sua transição.

Bem, se quiserem ter uma ideia desse gênio, convido-os à leitura. E deixo abaixo o primeiro movimento de uma das pouquíssimas músicas que escreveu, mas que se tornou marco do repertório armorial: a suíte A Pedra do Reino.

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Cinco canais da hora no YouTube para escritores em geral (e sobre literatura também)

Canal da Companhia das Letras no YouTube (reprodução)

1. Carreira Literária: Dentre os canais que tenho acompanhado, este é o que traz as melhores orientações e posturas mais lúcidas para quem quer escrever e publicar um livro*, especialmente na área de ficção. Flávia, Andressa e Roberto, os apresentadores, além de muito simpáticos, também oferecem cursos e oficinas de gerenciamento de carreira literária no Rio. Recomendo bastante, pelo background deles.

2. Escreva seu Livro: Este é outro canal muito bom para escritores, de primeira viagem ou não, e com um foco mais abrangente (ficção e não ficção, em seus mais variados segmentos). Com mais de duas décadas de estrada, Laura Bacellar e Sidney Guerra expõem todo o conhecimento que têm nesse canal (e em um excelente livro, que comprei e recomendo). Eles também oferecem cursos e serviços avulsos em seu site.

3. Editora Seguinte: A Seguinte é um selo da Companhia das Letras dedicado ao público adolescente e utiliza muito bem – para resenhar e divulgar os próprios lançamentos – os vídeos que produz. A grande sacada do canal, principalmente tendo em vista escritores iniciantes, é botar essa mesma equipe da casa para mostrar por dentro o processo de trabalho de todos os setores do selo, da edição ao marketing e à distribuição, passando pela direção de arte, diagramação, tradução e impressão.

4. A própria Companhia das Letras merece a recomendação, pelos diversos formatos instigantes de seus vídeos: booktrailers, trechos de obras lidos por personalidades conhecidas, indicações de livros da editora, respostas a perguntas de leitores, entrevistas com autores etc. Vale a pena.

5. Tatiana Feltrin: Para quem quer indicações de leitura de primeiro nível, o melhor canal é o da vlogger literária Tatiana Feltrin. Boa edição de vídeo, bom captação de som, bom papo e boa contextualização. Outros tantos canais indicam livros tão bons quanto, mas o de Tatiana se destaca pelo conjunto da obra.

* Mesmo que eu esteja mencionando "escritores iniciantes", vocês vão ver que os mais experientes também extraem muitas informações, a contar pelos comentários nos vídeos publicados.

sábado, 4 de maio de 2019

Um resumo sobre a série Frevo, Memória Viva; sugestões para o futuro do frevo, e um breve spoiler sobre futuros projetos.

Tudo isso, nesta entrevista pro portal LeiaJá.

Foto: Ronald Cruz / Divulgação.

sábado, 27 de abril de 2019

Em meia hora de conversa, os 12 maiores frevos de bloco

Antes de falar de cada um deles, é preciso explicar que tipo de frevo é esse, que não tem metais e é menos rápido do que o habitual.

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Voto de aplauso


Recebi hoje à tarde, em meu endereço comercial, o comunicado por escrito desse voto de aplauso requisitado pelo deputado estadual Wanderson Florêncio e aprovado pelo plenário da Assembleia Legislativa no último dia 21 de fevereiro, pelo qual agradeço. Foi um prazer e um grande aprendizado ter traçado um perfil de cinco grandes compositores pernambucanos – e há outros mestres na fila, que merecem reconhecimento...

Finda minha missão na seara da pesquisa musical frevística (ao menos temporariamente), agora traço planos para o universo dos livros de ficção.

terça-feira, 9 de abril de 2019

O recolhimento de um discreto polímata

Foto: Arthur Mota - Folha PE / Reprodução

Em setembro de 2014 a Revista Continente publicou um perfil que fiz sobre o professor Jarbas Maciel. Foi a última vez que ele recebeu um jornalista.

E ali ficou registrada uma palavra de reconsideração do Armorial para com o Manguebeat. Um registro histórico, que passou despercebido.

Basta folhear abaixo:

sábado, 30 de março de 2019

Dez indicações de canais no YouTube

Esses são os canais que tenho seguido, no momento, no YouTube.

PS.: A camisa é uma lembrança da minha passagem pela Ilha do Sal, em Cabo Verde, na última quarta-feira de cinzas.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Rara gravação de arranjo de Clóvis Pereira: "Repente", de Zoca Madureira

Repente, de Antônio José Madureira (mais conhecido como "Zoca" Madureira), é uma das obras mais conhecidas do repertório armorial. Em um CD lançado pela Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte, no início do século, Repente recebeu um arranjo magistral de Clóvis Pereira, sob encomenda para o álbum. Por se tratar do melhor arranjo já feito pelo compositor, disponibilizo o áudio dele, que mantenho guardado há anos em um CD gravável caseiro. As fotos de diversos momentos da carreira de Clóvis, são do meu livro Clóvis Pereira - No Reino da Pedra Verde, da Cepe Editora.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

"Aurora de amor", em arranjo de Henrique Albino

Um dos maiores clássicos do frevo de bloco, de Maurício Cavalcanti e Romero Amorim, na voz de Surama Ramos. A letra, magnífica, você confere abaixo.


Meu Recife eu te lembro
De Aurora à janela
Debruçada tão bela (bis)

Sobre o Capibaribe
O seu rio namorado
E a sorrir flamboyants
Em vermelhos rendados

E se amando no espelho
Sob o sol das manhãs! (bis)

E nessa lembrança
A vida era linda!
E a gente ainda,
Seria criança

Eu Imperador, você Imperatriz!
E na fantasia a gente sorria feliz (bis)

Nessa aurora de amor
E o tempo passou
E a gente cresceu
E o sonho acabou
E a gente se perdeu...

Mas quem sabe se agora neste carnaval
Você colombina e eu pierrô
A gente se encontre ainda
Quem sabe num bloco de amor (bis)

Chamado saudade

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Comentários sobre "Ravelstein", de Saul Bellow

Hoje tem mais um vídeo em meu canal. Uma breve resenha sobre Ravelstein, último romance de Saul Bellow, Prêmio Nobel de Literatura de 1976.

domingo, 17 de fevereiro de 2019

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

A herança tão atual da música antiga

Este mês, a Revista Continente publicou artigo meu sobre práticas estabelecidas na música do período de transição da Renascença pro Barroco e que até hoje são essenciais até na música popular. Confira texto na íntegra clicando na imagem.


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Entrevista para a Cepe Editora sobre o livro de Jota Michiles

Lançamento: dia 23 de fevereiro, às 15h, no Paço do Frevo
Moema Luna, da assessoria de imprensa da Cepe Editora, me enviou algumas perguntas para preparar o release sobre meu último livro para o selo Frevo, Memória Viva: Jota Michiles - Recife, manhã de sol. Como só uma parte das falas será aproveitada, disponibilizo o diálogo completo aqui, pra vocês.

1. Jota Michiles começou a compor na infância. Pode-se dizer que a história do carnavalesco  se confunde com a do frevo?
No caso de Michiles, mesmo com a vitória no concurso Uma Canção para o Recife, em 1966, a relação dele com o frevo estreitou-se nos anos 1980, a partir dos sucessos emplacados por Alceu Valença - em especial com o primeiro desses sucessos, Bom demais, em 1985 - e das participações bem-sucedidas no Frevança, ao longo daquela década. Assim, é mais exato dizer que a história de Michiles se confunde com a do frevo-canção em especial, desde então - com contribuições especiais no universo no frevo de bloco.

2. Você conhecia a história de Jota Michiles? Qual fato da vida do compositor mais lhe impressionou?
Não conhecia. Não conhecia a de nenhum dos compositores que retratei na série Frevo, Memória Viva, da Cepe Editora, o que foi muito benéfico pra mim, no sentido de atiçar minha curiosidade jornalística e ir atrás de abordar fatos pouco ou nunca abordados sobre eles na imprensa e nos releases disponíveis na internet, além do esforço para costurar a história deles com a do frevo. No caso de Getúlio Cavalcanti e Jota Michiles, li as autobiografias de ambos e, de propósito, quase nada citei delas, justo para o leitor tenha a curiosidade de ir até essas fontes e vá além do que escrevi. Por sinal, as duas autobiografias estão esgotadas (o sebista que atentar a isso pode cobrar uma boa grana se conseguir exemplares delas).

Da vida de Michiles, não escolho um fato, mas um relato: o da filha Michelle. Dediquei um capítulo inteiro à fala que ela concedeu pro livro, editando ou intercalando poucas observações minhas, tamanho foi o impacto dela. Por algumas vezes, tive de exercer um autocontrole enorme, ao longo da conversa, para não chorar, tamanha a carga afetiva do relato. E fiquei repensando muitas coisas da minha vida, ao ir pra casa. Isso se somou ao fato de eu estar andando de moto pela primeira vez, naquele mesmo dia, e me dando conta do quanto estamos vulneráveis neste plano de existência, brigando por coisas poucas.

3. Como foi o relacionamento com o artista durante as entrevistas?
Michiles foi o mais receptivo e responsivo dos meus entrevistados. Até pelo WhatsApp pude passar a limpo muitas informações e acrescentar apontamentos, ao longo da redação do livro. Descobri também que ele tem uma série de narrativas já preparadas para falar em público e então precisei driblá-las para desdobrar aspectos que não estavam em primeiro plano nessas narrativas - e para explorar outros aspectos, que não estavam explícitos. Fora isso, Michiles tem uma prosa eletrizante, em pessoa. Ele cantou, durante as entrevistas, os jingles que compôs para campanhas políticas nos anos 1990. Saí com todos eles na cabeça, feito chiclete.

4. Carlos, como você mesmo disse sua expertise como crítico musical está nos clássicos, não é? No entanto, você se debruçou sobre o perfil de cinco carnavalescos. O que lhe credenciou para o trabalho, o elemento Carnaval ou o frevo? De que forma?
O elemento música, em sua acepção mais ampla e poética: a arte dos sons. Vou explanar de forma mais empírica. Como sempre me debrucei sobre a música clássica feita por compositores brasileiros, é impossível que ela seja estudada, principalmente do final do século 19 pra cá, dissociada de sua relação com a música popular, que lhe serve até hoje de fonte fecunda. Inclusive, na última edição da Continente Documento, em fevereiro de 2007, escrevi um artigo sobre frevos sinfônicos, isto é, frevos escritos - por compositores de música clássica - para orquestras sinfônicas. Depois, ao traçar o perfil do primeiro compositor para Cepe Editora, Clóvis Pereira - quem melhor transitou entre os dois universos -, pude ir abordando os demais compositores, de forma a falar cada vez menos da faceta erudita e cada vez mais da frevística. Os compositores de frevo de rua são, salvo pouquíssimas exceções, dotados de estudo musical (Ademir Araújo e Maestro Duda têm obras orquestrais e de câmara). Embora eu não seja músico, já estudei música e componho obras eruditas, e fiz dois cursos no Paço do Frevo, com Marcos FM, para aprender as especificidades da escrita para frevo de rua e frevo de bloco.

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Flabelo das ilusões, de Heleno Ramalho

Uma das canções mais belas do frevo de bloco.


Chora bandolim
Chora violão
O meu coração
É assim...

Ah, linda pastora de voz tão macia
Canta meu verso minha melodia
Enquanto há tempo para se cantar
Ah, viver assim não é sonhar à toa
Eu faço parte dessa gente boa
Que ainda voa
Atrás de luar

Vê! O meu Recife se enfeitou demais
Olha! Até o rio parou de correr
Só pra ver meu bloco de recordações
Com um flabelo feito de ilusões
Me levando de volta pra você

domingo, 27 de janeiro de 2019

Entrevista com Haruki Murakami

Dentre todas as falas de Murakami, essa foi a mais marcante pra mim, pois se constitui realmente no meu atual desafio:

"Escrever sobre a solidão, a violência, a loucura, o que é mais desafiador?
Conseguir que os leitores riam [...]"

Confira a rara entrevista do escritor japonês clicando na imagem.

Haruki Murakami: “O trabalho de um romancista é sonhar acordado”

sábado, 26 de janeiro de 2019

Clóvis Pereira - No Reino da Pedra Verde (trecho)


Confira um trecho do segundo capítulo do livro, com exclusividade. Em breve, liberarei trechos de todos os demais livros que escrevi.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

"Jota Michiles - Recife, manhã de sol" - Lançamento em breve

Foto cedida pelo compositor
Em fevereiro, pela Cepe Editora. É quarto volume da série Frevo, Memória Viva, depois dos de Maestro Formiga (Ademir Araújo), Maestro Duda e Getúlio Cavalcanti.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Canal no YouTube

Quem puder dar uma força se inscrevendo em meu canal no YouTube, agradeço.

Lá já estavam algumas partituras de obras e arranjos musicais que escrevi. Agora partirei para comentar sobre livros, não apenas os que lancei, mas também os que estou lendo. Isso porque tudo converge para a elaboração de meu primeiro romance, que está a caminho.

Em breve irei estrear esse conteúdo específico no canal. Basta clicar na imagem.


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