Mais uma vez, fui ao Arquivo Público Estadual nesta quinta (eu havia ido na terça), e apurei três coisas que gostaria de comentar:
1. Não foi possível encontrar o exemplar de Maracatus do Recife que consta como estando lá segundo O Recife - Uma biografia. O livro de Guerra-Peixe pode não ter sido digitalizado ainda, mas é para estar lá. O Recife... aponta que existe um outro exemplar na biblioteca da Unicap, aonde irei amanhã ou próxima semana.
2. Vicente Fittipaldi, em artigo na edição de junho a dezembro de 1942 do Boletim da Cidade e do Porto do Recife (vide abaixo), queixa-se - em primeiro lugar e além de outras coisas, como críticas imbecis a seu trabalho e à música de concerto - de que participou de todas as tentativas de se instituir um grupo sinfônico de 1929 a 1935 e que nenhuma deu certo.
O maestro gaúcho explica que então assumiu a Orquestra Sinfônica de Pernambuco, já chegada a década de 1940, e fez nesse período (em "ano e pouco de vida") 14 concertos.
O músico Dadá Malheiros, da Sinfônica do Recife, havia me apontado via Facebook que essa Sinfônica de Pernambuco não tinha a ver com a OSR, o que não confere com informação levantada em pesquisa disponibilizada pela Fundaj*.
Independente disso, uma coisa é clara: houve interrupção das atividades sinfônicas no Recife, sim, e isso desmentiria (vejam, uso o prudente futuro do pretérito) a informação oficial de que a Sinfônica do Recife está ativa continuamente desde 1930, quando era a Orquestra da Sociedade de Concertos Populares.
* O primeiro link, da Fundaj, explica que a OSPE é sucessora da OSCP e que foi posteriormente municipalizada em 1949. O relato de Vicente Fittipaldi, porém, refere-se ao interstício de 1935 a 1941 e é fidedigno. Ainda não achei outras fontes que o contradigam - quem souber, por favor me informe: audicoes@gmail.com.
3. O maestro Ernani Braga, na edição de 01 de janeiro de 1929 do jornal A Província, faz um apanhado da vida musical do Recife no ano anterior. Ele parece não ter sido muito assíduo, como justifica ao final do texto, mas vejam (no subtítulo) só quem havia passado por aqui.
4. Quem foi Manuel Augusto dos Santos? Creio que tenha sido dele que me falou há pouco mais de um mês Sidor Hulak, da última vez que estive no Conservatório Pernambucano.
Encontrei menções a esse pianista (que foi professor de Clóvis Pereira no início dos anos 1950) tanto no artigo acima, de Ernani Braga, quanto numa nota da mesma edição da Revista do Porto do Recife que contém o artigo de Vicente Fittipaldi.
1. Não foi possível encontrar o exemplar de Maracatus do Recife que consta como estando lá segundo O Recife - Uma biografia. O livro de Guerra-Peixe pode não ter sido digitalizado ainda, mas é para estar lá. O Recife... aponta que existe um outro exemplar na biblioteca da Unicap, aonde irei amanhã ou próxima semana.
2. Vicente Fittipaldi, em artigo na edição de junho a dezembro de 1942 do Boletim da Cidade e do Porto do Recife (vide abaixo), queixa-se - em primeiro lugar e além de outras coisas, como críticas imbecis a seu trabalho e à música de concerto - de que participou de todas as tentativas de se instituir um grupo sinfônico de 1929 a 1935 e que nenhuma deu certo.
O maestro gaúcho explica que então assumiu a Orquestra Sinfônica de Pernambuco, já chegada a década de 1940, e fez nesse período (em "ano e pouco de vida") 14 concertos.
O músico Dadá Malheiros, da Sinfônica do Recife, havia me apontado via Facebook que essa Sinfônica de Pernambuco não tinha a ver com a OSR, o que não confere com informação levantada em pesquisa disponibilizada pela Fundaj*.
Independente disso, uma coisa é clara: houve interrupção das atividades sinfônicas no Recife, sim, e isso desmentiria (vejam, uso o prudente futuro do pretérito) a informação oficial de que a Sinfônica do Recife está ativa continuamente desde 1930, quando era a Orquestra da Sociedade de Concertos Populares.
* O primeiro link, da Fundaj, explica que a OSPE é sucessora da OSCP e que foi posteriormente municipalizada em 1949. O relato de Vicente Fittipaldi, porém, refere-se ao interstício de 1935 a 1941 e é fidedigno. Ainda não achei outras fontes que o contradigam - quem souber, por favor me informe: audicoes@gmail.com.
(O editor do Blogger não publicou a foto na horizontal. Não sei como alterar isso...) |
3. O maestro Ernani Braga, na edição de 01 de janeiro de 1929 do jornal A Província, faz um apanhado da vida musical do Recife no ano anterior. Ele parece não ter sido muito assíduo, como justifica ao final do texto, mas vejam (no subtítulo) só quem havia passado por aqui.
4. Quem foi Manuel Augusto dos Santos? Creio que tenha sido dele que me falou há pouco mais de um mês Sidor Hulak, da última vez que estive no Conservatório Pernambucano.
Encontrei menções a esse pianista (que foi professor de Clóvis Pereira no início dos anos 1950) tanto no artigo acima, de Ernani Braga, quanto numa nota da mesma edição da Revista do Porto do Recife que contém o artigo de Vicente Fittipaldi.
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