Em seu primeiro ensaio, o jornalista, escritor e crítico cultural Carlos Eduardo Amaral problematiza os confrontos entre as visões de mundo de artistas, críticos de arte e do público
Uma obviedade: todos temos necessidade de expor nossos pontos de vista sobre a arte, ou de buscar e apurar as referências para fruí-la (ou consumi-la, como se queira). Os artistas, por sua vez, almejam conquistar e ampliar público, bem como aparecer na mídia, mas alimentam reservas contínuas em relação à crítica, independente do real mérito que uma exposição crítica tenha.
Essas ressalvas são justificadas ou apenas mecanismos de defesa? A crítica especializada deve ser levada em conta como uma casta com o conhecimento necessário para orientar o público, independente das questões de gosto das pessoas, ou é meramente uma parcela constituinte dele (com acesso à mídia ou maior reverberação nas redes sociais)? O crítico ou o público deveria conhecer o mínimo sobre arte, antes de opinar?
A discussão é antiga e de farta bibliografia, porém merecia uma breve atualização, que o autor decidiu empreender, a princípio, muito mais para seu círculo social e afetivo do que para o público em geral.
“Havendo iniciado minha carreira como crítico musical e depois passado à criação artística – como compositor, arranjador e escritor de ficção –, acabou tornando-se imperativo que eu reunisse minhas reflexões e experiências pessoais e profissionais nesse eixo – da arte à crítica, passando pelo público – e as transformasse em um pequeno livro”, diz Carlos Eduardo Amaral.
O jornalista escreveu Ide em paz: Um ensaio sobre arte e crítica de arte ao longo de outubro de 2020 e fez pequenos acréscimos durante a revisão do texto, na primeira quinzena do mês dezembro seguinte. Trata-se de um breve ensaio, ora expositivo, ora provocativo, destinado a um amplo público-alvo: estudantes de jornalismo e artes, artistas, críticos e, claro, o público em geral.
Entender as perspectivas de cada um desses públicos-alvo e apresentá-los aos demais, para contribuir para aquela visão de conjunto que se perde com o cotidiano, foi a base para a estruturação dos sete capítulos da obra, abertos por epígrafes de Millôr Fernandes, um dos maiores diatribistas e aforistas brasileiros:
- Introdução
- Uma exposição do autor sobre sua carreira e as motivações do livro.
- Diferença entre resenha, análise, crítica e ensaio
- ...sobre os principais gêneros textuais que hão servido de veículo à crítica artística.
- Preciso ter cultura geral?
- ...sobre a óbvia resposta positiva.
- Brodagem e reivindicações
- ...sobre a liberdade de consciência para a apreciação e a reflexão acerca da arte.
- A opinião do leigo conta?
- ...sobre o exercício de julgamento do público em geral.
- Um bom artista é um bom crítico?
- ...sobre as competências de artistas que contribuem para o campo da crítica.
- Se você preparar um release
- ...sobre a relação dos artistas com a imprensa para uma boa divulgação de sua produção.
O livro já se encontra à venda pela Amazon.
O AUTOR
CARLOS EDUARDO AMARAL (Olinda, 1980) é jornalista, crítico musical,
escritor, compositor, arranjador, pesquisador e mestre em Comunicação pela UFPE
como bolsista da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco
(Facepe). Na mesma universidade, graduou-se em Comunicação Social com
Habilitação em Jornalismo e concluiu pós-graduação lato sensu em Jornalismo e
Crítica Cultural.
Como pesquisador, foi agraciado com prêmios da Fundação Nacional de Artes (Funarte), da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e do antigo Ministério da Cultura; organizou a Coletânea de crítica musical – Alunos da UFPE (edição independente, 2010); colaborou com o livro O ofício do compositor (Editora Perspectiva, 2012) e apresentou trabalhos acadêmicos sobre música e ativismo político, no Canadá, e música armorial, na Argentina.
Como escritor e crítico musical, publicou pela Cepe Editora cinco livros-reportagem que têm como protagonistas compositores referenciais da música pernambucana (os quatro últimos compõem o selo Frevo, Memória Viva, idealizado pelo autor):
- Clóvis Pereira – No Reino da Pedra Verde (2015)
- Maestro Formiga – Frevo na tempestade (2017)
- Maestro Duda – Uma visão nordestina (2018)
- Getúlio Cavalcanti – Último regresso (2018)
- Jota Michiles – Recife, manhã de sol (2019)
Como compositor, escreveu mais de trinta peças para instrumentos solistas, conjuntos de câmara e orquestra sinfônica. É também autor de ficção, tendo lançado dois romances e um livro de contos como editor independente.
SERVIÇO
[LITERATURA]
Título: “Ide em paz: Um ensaio sobre arte e
crítica de arte”
Autor: Carlos Eduardo Amaral
Editora: Edição independente
Número de páginas: 52
PRESS KIT
• Fotos
do autor e capa do livro: http://www.mediafire.com/folder/5g3fl6kzck6h8/Sem_gado_-_press_kit
• Capítulo de degustação: https://issuu.com/carloseduardoamaral/docs/ide_em_paz_-_cap_tulo_4
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