Recebi os dois CDs esta semana, um ontem e outro hoje - formidáveis escolhas de repertório, de propostas totalmente distintas.
Andreia Lira - Quebra o coco prima por canções leves e bem ritmadas, de feições nacionalistas à exceção de duas de atmosfera mais lírica, de músicos de novas gerações (Jorge Santos e Leandro Renò). A soprano carioca conta com a companhia do pianista Marcos Paulo, que a acompanha em quase todas as peças, e da percussionista Flavia Lima, que atua em cerca de metade das faixas.
Os demais compositores do álbum são: Camargo Guarnieri (três canções), Chiquinha Gonzaga, Alberto Nepomuceno (duas, cada um), Luciano Gallet, Waldemar Henrique, Heitor Villa-Lobos, Oscar Lorenzo Fernández e Francisco Mignone (uma de cada). Andreia - que fará uma participação especial no podcast Audições Brasileiras do dia 11 de novembro, cujo entrevistado será Jorge Santos - demonstrou, já no primeiro trabalho solo, um preparo vocal irrepreensível e uma sintonia com o gosto majoritário do público, deixando de lado o excessivo apego à ópera de muitos cantores líricos iniciantes.
Rafael Altino também está apresentando seu primeiro álbum Viola à Rafael (aproveito aqui para inserir a devida crase que ficou faltando no título). No entanto, a carreira do qualificado violista pernambucano nascido na Alemanha já poderia ter rendido pelo menos outros dois. "Que não seja por isso", como fui informado pelos seus pais, Ana Lúcia e Rafael Garcia. No máximo até 2017 estão previstos para sair mais um par de CDs, sendo um deles de peças para solista e orquestra.
Neste aqui, a amostragem de obras desponta pela irrestrita variedade estilística, tanto técnica quanto estética - desde o atípico neoclassicismo da Sonata para viola solo, op. 11 de Marlos Nobre até a hermética e complexa peça de Henrique Vaz (os dois adjetivos se aplicam não só à oitiva dela, mas também ao respectivo texto explicativo no encarte; o próprio título me obrigaria a fazer um "copy and paste" numa tabela de alfabeto fonético que me ocuparia além da conta no momento).
O único recorte aplicado pela direção artística foi o da origem dos compositores selecionados, todos nascidos no Nordeste Oriental brasileiro: além dos dois anteriores, recifenses, estão presentes o também pernambucano Nelson Almeida Liduíno Pitombeira (CE), Danilo Guanais (RN) e Marcílio Onofre (PB).
Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução apenas parcial do texto, salvo outra sob acerto prévio, citando-se a fonte e o link de origem em qualquer em qualquer circunstância.
Andreia Lira - Quebra o coco prima por canções leves e bem ritmadas, de feições nacionalistas à exceção de duas de atmosfera mais lírica, de músicos de novas gerações (Jorge Santos e Leandro Renò). A soprano carioca conta com a companhia do pianista Marcos Paulo, que a acompanha em quase todas as peças, e da percussionista Flavia Lima, que atua em cerca de metade das faixas.
Os demais compositores do álbum são: Camargo Guarnieri (três canções), Chiquinha Gonzaga, Alberto Nepomuceno (duas, cada um), Luciano Gallet, Waldemar Henrique, Heitor Villa-Lobos, Oscar Lorenzo Fernández e Francisco Mignone (uma de cada). Andreia - que fará uma participação especial no podcast Audições Brasileiras do dia 11 de novembro, cujo entrevistado será Jorge Santos - demonstrou, já no primeiro trabalho solo, um preparo vocal irrepreensível e uma sintonia com o gosto majoritário do público, deixando de lado o excessivo apego à ópera de muitos cantores líricos iniciantes.
Rafael Altino também está apresentando seu primeiro álbum Viola à Rafael (aproveito aqui para inserir a devida crase que ficou faltando no título). No entanto, a carreira do qualificado violista pernambucano nascido na Alemanha já poderia ter rendido pelo menos outros dois. "Que não seja por isso", como fui informado pelos seus pais, Ana Lúcia e Rafael Garcia. No máximo até 2017 estão previstos para sair mais um par de CDs, sendo um deles de peças para solista e orquestra.
Neste aqui, a amostragem de obras desponta pela irrestrita variedade estilística, tanto técnica quanto estética - desde o atípico neoclassicismo da Sonata para viola solo, op. 11 de Marlos Nobre até a hermética e complexa peça de Henrique Vaz (os dois adjetivos se aplicam não só à oitiva dela, mas também ao respectivo texto explicativo no encarte; o próprio título me obrigaria a fazer um "copy and paste" numa tabela de alfabeto fonético que me ocuparia além da conta no momento).
O único recorte aplicado pela direção artística foi o da origem dos compositores selecionados, todos nascidos no Nordeste Oriental brasileiro: além dos dois anteriores, recifenses, estão presentes o também pernambucano Nelson Almeida Liduíno Pitombeira (CE), Danilo Guanais (RN) e Marcílio Onofre (PB).
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