quarta-feira, 26 de agosto de 2015

De viola e rabeca, primeira gravação


Eis que um blog russo (ou eslavo) sobre discos raros de música popular brasileira postou recentemente um disco produzido por Guerra-Peixe com arranjos de música folclórica há quase 60 anos. Nesse disco está a primeira gravação de seu hit De viola e rabeca*, que conhecemos hoje sob o título de Mourão e na versão autorizada e consagrada feita por Clóvis Pereira.

Mesmo assim, não se trata da versão original, de 1951, inteiramente instrumental, pois essa possui letra feita pelo próprio Guerra (vide arquivo em Word junto com os áudios) e foi cantada pelo cearense Catulo Rocha - não confundir com o célebre maranhense Catulo da Paixão Cearense, falecido em 1946. Agradecido a dica a Sérgio Barza, que me mandou o link para download.

* E não De viola e de rabeca, como eu subscrevia o título por assim divulgá-lo Cussy de Almeida.

***

Atualização: decidi colocar a letra abaixo. (O que deu para entender. Aceito correções).

Companheiro, está na hora
De começar a cantar
E o povo chegou agora
E tem direito de escutar
Leva aí sua munheca
Pra fazer o baionado
De viola e rabeca

Jamais fico aborrecido
Pois não me falta ideia
Sou um cabra bem discernido
E entendo qualquer plateia
Minha garganta não seca
Quando é acompanhada
De viola e rabeca

Companheiro, já é hora
De parar a cantoria
Vamos logo dando o fora
Cantar noutra freguesia
Aqui não se ganha "neca"
Ninguém quer saber de nós
De viola e rabeca

Digo como o povo diz
Vou logo fazer a pista
Passe bem, seja feliz
Minha gente, até a vista
Não me tome por sapeca
Se saio daqui pra ali
De viola e rabeca

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