Ana Lúcia e Rafael Garcia, o casal Virtuosi. Foto: Divulgação, via Google Imagens. |
Enquanto concluo o livro sobre Clóvis Pereira, vou escrevendo também o concerto para violino cuja grade deixei montada ainda em agosto para primeiro concluir as peças de câmara que eu tinha em mente. De início, iria utilizar como matéria-prima temas folclóricos recolhidos por Guerra-Peixe em suas andanças por Pernambuco, São Paulo e Minas, porém semana passada - quando me sentei para começar a preencher a grade com as primeiras notas - abandonei essa ideia e investi em temas próprios.
Também optei por não seguir uma estrutura em forma sonata. Neste exato momento da concepção (considerando que eu não tenho a tendência a pre-esquematizar minhas obras e que o próprio desenrolar delas pode modificar a estrutura final), planejo terminar uma introdução tritemática, triepisódica, pra ser mais preciso, e depois desenvolver cada tema em três grandes seções a seguir, sem dividi-las em movimentos - ainda assim falta definir onde inserir a(s) cadência(s), que estou escrevendo paralelamente, à medida que a orquestração avança.
A instrumentação adotada até aqui foi: quinteto de madeiras (fl., ob., cl., sax tenor e fg.), trompete, três percussionistas (tímpanos, gongo, prato suspenso, xilofone, triângulo, temple blocks, bombo, pandeiro, vibrafone e caixa, nessa ordem de entrada), piano obligato e cordas (12, 10, 08, 08, 06).
O concerto será um presente meu a Ana Lúcia e Rafael Garcia, pelas décadas de serviços prestados à música pernambucana e paraibana, especialmente pela grande obra da vida deles, o festival Virtuosi e suas variantes que acontecem ao longo do ano - por isso a escolha pelo instrumento solista e pelo obligato, priorizando o violino por conta de demanda de repertório em nível nacional.
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