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Ilustração: Victor Luiz |
Palestra aborda origens e legado da música armorial
Jornalista e crítico musical Carlos Eduardo Amaral apresenta uma contextualização histórica e estética de artistas e grupos influenciados pelo ideário artístico de Ariano Suassuna
No próximo sábado (19), às 10h, o jornalista, escritor e crítico musical Carlos Eduardo Amaral irá ministrar a palestra “Música armorial: da gênese à contemporaneidade”, dirigida a profissionais, especialistas e estudiosos das áreas de arte, cultura, música e jornalismo. O evento, que tem inscrições gratuitas e vagas limitadas, acontecerá na sede da Orquestra Criança Cidadã, no Quartel do Cabanga. Os interessados devem enviar o currículo para o e-mail pb_amaral@hotmail.com.
A palestra, contemplada pela Lei Aldir Blanc Recife 2021, tem o objetivo de proporcionar uma análise estética (tanto conceitual como estilística) das obras musicais criadas no contexto do Movimento Armorial, nos anos 1970, bem como das que o antecederam e das que foram escritas em décadas posteriores, sob influência daquela primeira leva de composições. O conteúdo será dividido em quatro momentos, ao longo de duas horas e meia de exposição.
“Embora o Movimento Armorial tenha sido uma tendência de forte influência até os dias atuais, especialmente no contexto da arte pernambucana, ainda poucas são as publicações, mesmo acadêmicas, que enfocam a produção musical estimulada pelas orientações de Ariano Suassuna e pelas contribuições de César Guerra-Peixe, ou que se aprofundem no âmbito estético dessa produção musical, que ainda impacta a criação de novas composições artísticas”, explica Amaral, sobre a motivação para a elaboração da palestra.
PROGRAMA
Momento 1: As raízes conceituais da música armorial
- A Semana de Arte Moderna de 1922 e o Manifesto Regionalista de 1926.
- O Ensaio sobre a música brasileira, de Mário de Andrade, e a Carta aberta aos músicos e críticos do Brasil, de Mozart Camargo Guarnieri, em 1950.
- O realismo socialista e o II Congresso Mundial dos Compositores Progressistas (Praga, 1948).
- Uma reação indireta à bossa nova, à Jovem Guarda e à Tropicália.
Momento 2: Os antecedentes da música armorial
- O nacionalismo na música brasileira de concerto entre os anos 1930 e 1960: Villa-Lobos, Francisco Mignone, Oscar Lorenzo Fernández, Camargo Guarnieri e José Siqueira.
- A importância de César Guerra-Peixe para o Movimento Armorial.
- A preparação realizada por Ariano Suassuna.
Momento 3: As características da música armorial
- Orquestra Armorial X Quinteto Armorial.
- Os grupos romançais.
- Contribuições bissextas.
- Grupos de música popular no esteio do Movimento Armorial.
Momento 4: Os desdobramentos da música armorial
- O refrigério e o revigoramento.
- Repensando as antigas propostas.
- Outros compositores surgiram.
- Uma nova geração encaminhada.
O PALESTRANTE
CARLOS EDUARDO AMARAL (Olinda, 1980) é jornalista, crítico musical, escritor, compositor, arranjador, pesquisador e mestre em Comunicação pela UFPE como bolsista da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe). Na mesma universidade, graduou-se em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo e concluiu pós-graduação lato sensu em Jornalismo e Crítica Cultural.
Como pesquisador, foi agraciado com prêmios da Fundação Nacional de Artes (Funarte), da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e do antigo Ministério da Cultura; organizou a “Coletânea de crítica musical – Alunos da UFPE” (edição independente, 2010); colaborou com o livro “O ofício do compositor” (Editora Perspectiva, 2012) e apresentou trabalhos acadêmicos sobre música e ativismo político, no Canadá, e música armorial, na Argentina.
Como escritor e crítico musical, publicou pela Cepe Editora cinco livros-reportagem que têm como protagonistas compositores referenciais da música pernambucana (os quatro últimos compõem o selo Frevo, Memória Viva, idealizado pelo autor):
• “Clóvis Pereira – No Reino da Pedra Verde” (2015)
• “Maestro Formiga – Frevo na tempestade” (2017)
• “Maestro Duda – Uma visão nordestina” (2018)
• “Getúlio Cavalcanti – Último regresso” (2018)
• “Jota Michiles – Recife, manhã de sol” (2019)
Publicou, ainda, os romances “Sem relva” e “Sem gado”, os “Contos sobre a morte desprovidos de morbidez” e “Ide em paz – Um ensaio sobre arte e crítica de arte”. E, como compositor, escreveu mais de trinta peças para instrumentos solistas, conjuntos de câmara e orquestra sinfônica, além de arranjos diversos.
SERVIÇO
[PALESTRA]
“Música armorial: da gênese à contemporaneidade”
Ministrador: Carlos Eduardo Amaral
Local: Sede da Orquestra Criança Cidadã – 7° Depósito de Suprimento do Exército Brasileiro
Endereço: R. Gen. Estilac Leal, 439, Cabanga
Inscrição: Gratuita
Número de vagas: 20
Inscrições via e-mail: pb_amaral@hotmail.com (enviar currículo anexado)
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