segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Interminável - Pré-venda



Poucos momentos antes de começarem mais uma reunião, os integrantes de uma associação de operários no interior de Pernambuco recebem uma carta de desligamento de um de seus membros, justamente daquele que era cotado para ser o próximo líder do grupo. Enquanto discutem as razões da repentina decisão, são surpreendidos com o rompimento de uma barragem de rejeitos, que arrastam a oficina — construída em um edifício pré-moldado de madeira — sem rumo.

Refeitos do susto e de alguns ferimentos, os operários errantes optam por conversar sobre assuntos diversos ligados à instituição à qual pertencem e sobre ações e projetos em andamento, a fim de se distraírem e não pensarem na morte iminente. Porém, os questionamentos sobre as motivações do companheiro recém-afastado reacendem discordâncias e ressentimentos e os levam gradualmente a perder a noção entre “templo” e “masmorra”.

A história da tragédia é recontada dez anos mais tarde, quando o então presidente da oficina, um dos sobreviventes, concorda em conceder uma entrevista e revelar os acontecimentos daquelas quase 24 horas à deriva. Mas nem tudo é revelado às câmeras. Apenas o leitor saberá dos detalhes.

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Interminável é o mais novo romance do jornalista, escritor e compositor Carlos Eduardo Amaral e está disponível para pré-venda neste formulário.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Música armorial vira tema de e-book didático


Livro escrito pelo crítico Carlos Eduardo Amaral aborda influências e características da sonoridade dos grupos armoriais

Impulsionados pelo escritor Ariano Suassuna, a Orquestra Armorial de Câmara de Pernambuco e o Quinteto Armorial encantaram ouvintes ao longo dos anos 1970 e entraram na História da Música Brasileira pelas contribuições estéticas que estabeleceram. Além disso, abriram caminho para outros grupos, como a efêmera Orquestra Romançal Brasileira e o Quarteto Romançal.

No entanto, poucos ouvintes (e até mesmo poucos músicos) conseguem definir “o que é música armorial”. Na ausência de uma bibliografia fora do meio acadêmico que abordasse os aspectos conceituais e de estilo da sonoridade armorial, o jornalista, crítico musical, pesquisador e compositor Carlos Eduardo Amaral desenvolveu um livro didático em versão eletrônica.

Introdução à música armorial” é dividido em quatro capítulos, que abordam as raízes conceituais, os antecedentes estéticos, as características e os desdobramentos da música produzida durante o auge do Movimento Armorial. De leitura rica ágil, enriquecida com links para vídeos e artigos externos, o livro está à venda na Amazon.

“O capítulo mais importante do e-book certamente é o que fala das características daquilo que reconhecemos hoje como ‘sonoridade armorial’. Porém é necessário compreender as composições armoriais desde os eventos que influenciaram a música brasileira nos anos 1920 até o surgimento de grupos e compositores posteriores aos anos 1970”, comenta o autor, que planeja publicar um ensaio crítico sobre música armorial ainda em 2024.

Assim, o leitor é levado a recapitular marcos importantes do nacionalismo nas artes, como a Semana de Arte Moderna de 1922, o Manifesto Regionalista de 1926, o Ensaio sobre a música brasileira (1928), de Mário de Andrade, e a Carta aberta aos músicos e críticos do Brasil (1950), de Mozart Camargo Guarnieri, bem como compreender o papel crucial de compositores como César Guerra-Peixe e do escritor Ariano Suassuna.

O AUTOR
CARLOS EDUARDO AMARAL (Olinda, 1980) é jornalista, crítico musical, escritor, compositor, arranjador, pesquisador e mestre em Comunicação pela UFPE. Na mesma universidade, graduou-se em Jornalismo e concluiu pós-graduação lato sensu em Jornalismo e Crítica Cultural.

Como pesquisador, foi agraciado com prêmios da Fundação Nacional de Artes (Funarte), da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e do Ministério da Cultura, além da Medalha Biblioteca Nacional — Ordem do Mérito do Livro.

Publicou pela Cepe Editora cinco livros que têm como protagonistas compositores referenciais da música pernambucana: Clóvis Pereira – No Reino da Pedra Verde, Maestro Formiga – Frevo na tempestade, Maestro Duda – Uma visão nordestina, Getúlio Cavalcanti – Último regresso e Jota Michiles – Recife, manhã de sol.

No campo da literatura, publicou os romances Sem relva e Sem gado, os Contos sobre a morte desprovidos de morbidez e Ide em paz – Um ensaio sobre arte e crítica de arte. Como compositor, escreveu mais de trinta peças para instrumentos solistas, conjuntos de câmara e orquestra sinfônica, além de arranjos de diversos gêneros musicais.

SERVIÇO
Livro: Introdução à música armorial
Autor: Carlos Eduardo Amaral
Preço: R$ 16,99
Vendas: Amazon

quinta-feira, 29 de junho de 2023

26 anos depois

Foto: reprodução (via Google)


Fui ao meu primeiro concerto de música clássica aos 14 anos, no dia 15 de dezembro de 1994*, em João Pessoa.

Era um concerto de Natal com a Orquestra Sinfônica da Paraíba, no palco principal do Espaço Cultural [José Lins do Rego].

Pouco depois (ou pouco antes, não lembro) comprei meus primeiros CDs de música clássica, sem falar que minha mãe, ao mesmo tempo, comprava e guardava pra mim a coleção "Joias da música", que vinha na revista Caras.

Foram dez volumes.

Dentre os CDs que comprei, numa loja no centro de João Pessoa, estava um com as Bachianas brasileiras 2, 4 e 8, com Jesús López-Cobos regendo a Orquestra Sinfônica de Cincinnati.

Guardo esse álbum até hoje e foi por meio dele que me apaixonei pela Bachianas brasileiras n° 2, pela sua orquestração finíssima e singular: com madeiras solo mais um saxofone**, piano, metais sem trompete e tuba e com uma vasta percussão em O trenzinho do caipira.

** Só há poucos anos descobri que eram dois saxofones: um tenor, nos três primeiros movimentos, e um barítono, em O trenzinho do caipira.

Mais impressionante foi ouvir instrumentos típicos brasileiros (ganzá, reco-reco, maracas, matraca... fora pandeiro, caixa e triângulo, que são de uso comum na música sinfônica) serem usados no último movimento não para fazer batuque, não para abrasileirar a coisa, mas pelo efeito sinéstico, para nos fazer imaginar um trem ganhando força, embalando a viagem dos passageiros, parando em uma estação no meio do caminho e freando aos poucos, até o breque final.

Essa orquestração me impressionou tanto que eu, ao vir a compor minhas peças sinfônicas, de 2014 para cá, procuro sempre incluir um piano e, às vezes, o sax tenor.

Porém, a única vez em que havia ouvido a Bachianas brasileiras n° 2 foi também no Espaço Cultural, desta vez no então Cine Banguê (pronuncia-se com trema abolido), hoje Sala de Concertos Maestro José Siqueira.

Foi com a Orquestra Filarmônica do Norte-Nordeste, no dia 16 de junho de 1997*, regida por Aylton Escobar e participação de Claudette Soares cantando duas Serestas do Villa (Na paz do outono e Modinha) e arranjos de bossa nova.

* Recorri à minha caixa de arquivo morto com programas de concertos para reavivar esses detalhes.

A segunda vez foi ontem, dia 28 de junho de 2023, com Lanfranco Marcelletti Jr. regendo a Orquestra Sinfônica do Recife.

Quando eu soube do programa, cerca de três semanas atrás, me agendei e, na terça de noite, pedi a Zé Renato [Accioly], com quem trabalho na Orquestra Criança Cidadã, que reservasse um ingresso pra mim. Ele ainda me deu carona da sede da OCC para o Santa Isabel, embora não tenha podido ficar, por estar adoentado.

Fiquei em uma frisa com Marilea Gomes, colega musical de longa data; o flautista James Strauss, que também conheço há um bom tempo, e a atual gestora do Conservatório Pernambucano de Música, Janete Florêncio.

Fiquei guardando o lugar de Janete, que chegou primeiro à frisa. Depois chegou Marilea e começamos a conversar. Perguntei por Rose [Hazin, a gestora anterior] e comentei que não conhecia a gestora atual. Aí ela me disse que era a que tinha chegado primeiro.

O concerto começou, vi toda a Bachianas 2 e me despedi. Janete me perguntou se eu não iria ver o Rach 2, com um pianista convidado chinês, residente no Texas (onde Lanfranco atualmente leciona).

Eu disse que não e me despedi dos três.

"Vim pra ver Villa-Lobos, só por ele", respondi, resumindo muito a história acima, e parti.

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Conheça mais sobre os grandes nomes do frevo: http://editora.cepe.com.br/autor/carlos-eduardo-amaral

sexta-feira, 1 de julho de 2022

Medalha Biblioteca Nacional — Ordem do Mérito do Livro




Na manhã desta sexta (1°), fui uma das 200 personalidades agraciadas com a Medalha Biblioteca Nacional — Ordem do Mérito do Livro, concedida pela Fundação Biblioteca Nacional e retomada após mais de duas décadas de hiato.

Devido à impossibilidade de me fazer presente ao evento, no Rio de Janeiro, nomeei meu amigo e Irmão Arrizon Olinto como representante pessoal e ele recebeu a comenda e o diploma respectivos (vide fotos) durante o evento.

Gostaria de agradecer a Arrizon, pela disponibilidade, e dedicar esta honraria, a mais importante que já recebi até o momento, à memória de minha mãe, Eliane.

Com uma trajetória profissional conduzida pelo compromisso com a cultura nacional, e tendo crescido em meio a livros e álbuns musicais de toda sorte — tanto que meu único patrimônio até hoje são livros, CDs e DVDs —, expresso minha honra de ter sido lembrado e reitero meu compromisso com as instituições que promovem e defendem a cultura, mesmo em meio a um cenário de degradação aviltante à livre expressão de pensamento que se acentuou ano após ano ao longo deste século.

quinta-feira, 2 de junho de 2022

Pavimentação: um importante ramo da engenharia civil

Pouca gente sabe que, no ramo da engenharia civil, existe uma especialidade que é a da pavimentação: a construção e reforma de todo tipo de vias de acesso para veículos.

Estacionamentos, estradas de condomínios fechados, sistemas de drenagem... Está sendo muito instigante conhecer este universo.

E achei um site ideal para aprender a respeito, bem detalhado e ilustrado: https://www.mmstradali.com.br/

#engenharia #engenhariacivil #pavimentação #asfalto #estacionamento



segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Palestra aborda origens e legado da música armorial

Ilustração: Victor Luiz



Palestra aborda origens e legado da música armorial

Jornalista e crítico musical Carlos Eduardo Amaral apresenta uma contextualização histórica e estética de artistas e grupos influenciados pelo ideário artístico de Ariano Suassuna

No próximo sábado (19), às 10h, o jornalista, escritor e crítico musical Carlos Eduardo Amaral irá ministrar a palestra “Música armorial: da gênese à contemporaneidade”, dirigida a profissionais, especialistas e estudiosos das áreas de arte, cultura, música e jornalismo. O evento, que tem inscrições gratuitas e vagas limitadas, acontecerá na sede da Orquestra Criança Cidadã, no Quartel do Cabanga. Os interessados devem enviar o currículo para o e-mail pb_amaral@hotmail.com.

A palestra, contemplada pela Lei Aldir Blanc Recife 2021, tem o objetivo de proporcionar uma análise estética (tanto conceitual como estilística) das obras musicais criadas no contexto do Movimento Armorial, nos anos 1970, bem como das que o antecederam e das que foram escritas em décadas posteriores, sob influência daquela primeira leva de composições. O conteúdo será dividido em quatro momentos, ao longo de duas horas e meia de exposição.

“Embora o Movimento Armorial tenha sido uma tendência de forte influência até os dias atuais, especialmente no contexto da arte pernambucana, ainda poucas são as publicações, mesmo acadêmicas, que enfocam a produção musical estimulada pelas orientações de Ariano Suassuna e pelas contribuições de César Guerra-Peixe, ou que se aprofundem no âmbito estético dessa produção musical, que ainda impacta a criação de novas composições artísticas”, explica Amaral, sobre a motivação para a elaboração da palestra.

PROGRAMA
Momento 1: As raízes conceituais da música armorial
- A Semana de Arte Moderna de 1922 e o Manifesto Regionalista de 1926.
- O Ensaio sobre a música brasileira, de Mário de Andrade, e a Carta aberta aos músicos e críticos do Brasil, de Mozart Camargo Guarnieri, em 1950.
- O realismo socialista e o II Congresso Mundial dos Compositores Progressistas (Praga, 1948).
- Uma reação indireta à bossa nova, à Jovem Guarda e à Tropicália.

Momento 2: Os antecedentes da música armorial
- O nacionalismo na música brasileira de concerto entre os anos 1930 e 1960: Villa-Lobos, Francisco Mignone, Oscar Lorenzo Fernández, Camargo Guarnieri e José Siqueira.
- A importância de César Guerra-Peixe para o Movimento Armorial.
- A preparação realizada por Ariano Suassuna.

Momento 3: As características da música armorial
- Orquestra Armorial X Quinteto Armorial.
- Os grupos romançais.
- Contribuições bissextas.
- Grupos de música popular no esteio do Movimento Armorial.

Momento 4: Os desdobramentos da música armorial
- O refrigério e o revigoramento.
- Repensando as antigas propostas.
- Outros compositores surgiram.
- Uma nova geração encaminhada.

O PALESTRANTE
CARLOS EDUARDO AMARAL (Olinda, 1980) é jornalista, crítico musical, escritor, compositor, arranjador, pesquisador e mestre em Comunicação pela UFPE como bolsista da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe). Na mesma universidade, graduou-se em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo e concluiu pós-graduação lato sensu em Jornalismo e Crítica Cultural.

Como pesquisador, foi agraciado com prêmios da Fundação Nacional de Artes (Funarte), da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e do antigo Ministério da Cultura; organizou a “Coletânea de crítica musical – Alunos da UFPE” (edição independente, 2010); colaborou com o livro “O ofício do compositor” (Editora Perspectiva, 2012) e apresentou trabalhos acadêmicos sobre música e ativismo político, no Canadá, e música armorial, na Argentina.

Como escritor e crítico musical, publicou pela Cepe Editora cinco livros-reportagem que têm como protagonistas compositores referenciais da música pernambucana (os quatro últimos compõem o selo Frevo, Memória Viva, idealizado pelo autor):

“Clóvis Pereira – No Reino da Pedra Verde” (2015)
“Maestro Formiga – Frevo na tempestade” (2017)
“Maestro Duda – Uma visão nordestina” (2018)
“Getúlio Cavalcanti – Último regresso” (2018)
“Jota Michiles – Recife, manhã de sol” (2019)

Publicou, ainda, os romances “Sem relva” e “Sem gado”, os “Contos sobre a morte desprovidos de morbidez” e “Ide em paz – Um ensaio sobre arte e crítica de arte”. E, como compositor, escreveu mais de trinta peças para instrumentos solistas, conjuntos de câmara e orquestra sinfônica, além de arranjos diversos.

SERVIÇO
[PALESTRA]
“Música armorial: da gênese à contemporaneidade”
Ministrador: Carlos Eduardo Amaral
Local: Sede da Orquestra Criança Cidadã – 7° Depósito de Suprimento do Exército Brasileiro
Endereço: R. Gen. Estilac Leal, 439, Cabanga
Inscrição: Gratuita
Número de vagas: 20
Inscrições via e-mail: pb_amaral@hotmail.com (enviar currículo anexado)

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sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Mensagem de Natal

Foto: Divulgação

Isso tudo que a terra me ensina
Aumenta mais minha fé
E minha professora é
A natureza divina
E essa luz que me ilumina
Nesse Natal vai falar
Que tudo pode esperar
Mas amar Deus é agora
Porque daqui a uma hora
A vida pode parar

Leonardo Bastião

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Feliz Natal a vocês

Conheça mais sobre os grandes nomes do frevo: http://editora.cepe.com.br/autor/carlos-eduardo-amaral

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